Menu | Partilhando Minhas Histórias |
Coloco aqui um fragmento da minha vida, alguns textos foram escritos, em momentos que sentia as palavras acariciando-me, porém toscas, precisando ser lápidas, e confesso que estou tentando, mas ainda não consegui esculpir nenhum diamante. Todavia, não desisto de escrever, porque só assim, sei que estou respirando.
Boa leitura!
Clarice Lispector, é um exemplo para mim: meu norte
Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio terrivelmente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras - quais? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo. (...) O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever. (Do livro: Um Sopro de Vida p.13,15)
Nunca ousei em dizer, mas a arte me apresentou Deus.
Como pode Ele permitir, que o homem, se iguale a Ele?
Porque tendo uma capacidade de criar, o homem consegue emocionar com palavras, os nossos sentidos.
Contudo entramos em êxtase, que parece não estarmos na terra, mas no próprio céu.
É a arte sendo Deus, Deus sendo arte, a Arte de Deus: o homem escritor.