Estado não de onde fui criado,
Porém, de nascimento.
Que seria de mim hoje,
Se aos cinco anos,
Não tivesse te deixado.
Paraíba!
Será, que um grande fazendeiro?
Será, um escritor de cordel?
O que tu tinhas, para me oferecer?
Naquela seca, onde nem chorar podia eu,
Porque minhas águas deixaram de minar.
Paraíba!
Aqui em São Paulo,
A qual essa amante encontrei,
Coisas boas não me ofereceu.
Entretanto minha força sugou,
Só me restou o dom de escrever,
Que de herança confesso, adquiro de Ti.
Aí, sou neto de Cecília e Severino do Cangaço,
Que teve um filho padre, pessoa importante.
E sou filho de um tal Migué,
Que com muito esforço e trabalho,
Trouxe para cá seus filhos e sua mulher.
Cá não valho nada, sou conhecido de pseudo-zé.
Arrependido encontro eu,
Maculei o que era eterno,
Ajoelhado clamo a Ti, mil perdões.
Não esquivei, baixei minha guarda,
Pois é junto de Ti que devo ficar.
Paraíba!